Foram inventariadas oito espécies de Quirópteros, três das quais consideradas em perigo de extinção. Trata-se respectivamente do Morcego-de-ferradura-grande, do Morcego-de-ferradura-pequeno e do Morcego-de-ferradura-mediterrânico. A comunidade de morcegos presente no Parque revela características principalmente atlânticas, embora com elementos sub- mediterrâneos, como. A presença do Morcego-arborícola-pequeno na Mata de Albergaria atesta a importância da conservação das já raras manchas de floresta natural em Portugal.
Morcego-de-ferradura-grande
Morcego-de-ferradura-pequena
Morcego-de-ferradura-mediterrânico
Morcego-arborícula-pequeno
Ocorrem outras espécies com particular importância em termos de Conservação da Natureza, como o Musaranho-dos-dentes-vermelhos, a Marta o Gato-bravo, a Salamandra-lusitânica, espécie endémica do noroeste da Península Ibérica, tipicamente associada a regiões montanhosas com índices de precipitação elevados ou as Víboras. A última destas sub-espécies é um endemismo do Norte da Península Ibérica, cuja distribuição em Portugal se restringe às zonas de Castro Laboreiro, Soajo e Tourém.
Musaranho-dos-dentes-vermelhos
Marta
Gato-Bravo
Salamandra-Lusitânica
Víbora cornuda
Víbora de seoane
Salienta-se, ainda, a ocorrência do Lobo, espécie estritamente protegida pela Convenção de Berna e considerada em perigo segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Espécie emblemática do PNPG, o Corço encontra-se razoavelmente bem distribuído pelo Parque, com vários núcleos populacionais em situação favorável.
Lobo
Corço |
Os cursos de água de montanha, muitas vezes referenciados como rios truteiros, pelas suas características propícias á Truta-do-rio.
Truta-do-rio
Os cursos de água de montanha representam ecossistemas de grande importância e biótipos preferenciais de espécies representativas da fauna do Parque, nomeadamente:
Toupeira-de-água, cuja área se restringe às regiões norte da Península Ibérica e aos Pirenéus franceses;
Lontra, carnívoro bem adaptado aos sistemas dulciaquícolas e em declínio populacional na Europa, encontra na área do Parque Nacional condições propícias à sua existência, nomeadamente cursos de água onde a disponibilidade alimentar é suficiente e presença de vegetação das margens permite condições de abrigo;
Lagarto-de-água, espécie da região ocidental da Península Ibérica, habita nas regiões montanhosas e suas orlas, junto de cursos de água com cobertura vegetal;
Rã-ibérica, endémica da região noroeste da Península Ibérica, em Portugal é sobretudo uma espécie de regiões montanhosas, embora se encontre em zonas periféricas mais baixas.
Toupeira-de-água
Lontra
Lagarto-de-água
Rã Ibérica
De acrescentar a presença de aves consideradas vulneráveis, raras ou em perigo, algumas delas limitadas ao extremo norte do país como é o caso do picanço-de-dorso-ruivo, da petinha-das-árvores, da petinha-ribeirinha, do cartaxo-nortenho, da felosa-das-figueiras e da escrevedeira-amarela. Refira-se a presença do tordo da espécie, de que até há pouco não havia nidificação confirmada em Portugal.
Picanço-do-dorso-ruivo
Petinha-das-árvores
Petinha-ribeirinha
Cartaxo-nortenho
Felosa-das-figueiras
Escrevedeira-amarela
Narceja-comum |